sexta-feira, 23 de maio de 2014

Oferta formativa Escola Básica 2º e 3º Ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro

A formação nunca é de mais. A Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro oferece uma oferta diversificada para o próximo ano letivo, desde CEF, cursos profissionais e EFA. Ficam algumas informações específicas. As inscrições já estão abertas no site da escola, em 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Sobre a cegueira




Qual o pior cego? Aquele que não vê, aquele que não quer ver, ou ainda aquele que apenas vê o que quer e o que lhe convém, onde lhe dá mais jeito e com pouca ou nenhuma sensibilidade para com o resto do mundo?
É uma das questões sobre a qual que a performance artística CEGOS pretende refletir com esta iniciativa que percorre cidades de muitos países de todo o mundo.
A organização no Funchal esteve a cargo do grupo Dançando com a Diferença, ao qual outras associações, tais como a Contigo Teatro, e alguns anónimos se associaram.
Para mim, foi uma experiência excecional. Agradeço a oportunidade de poder participar.
Nas palavras da organização:

Dezenas de executivos, homens e mulheres, trajados a rigor, transportando malas, bolsas, telemóveis e documentos caminham lentamente cobertos de argila e de olhos vendados, misturam-se aos pedestres e desestabilizam o fluxo quotidiano do centro da cidade.A ação performativa pretende provocar uma forma distinta de perceber e vivenciar os dispositivos sociais quotidianos, de pensar a relação entre arte e mercado e de visualizar o sujeito contemporâneo na era globalizada. CEGOS visa intervir poeticamente na cidade e provocar um momento de reflexão dando margem a diferentes leituras: o aprisionamento e a petrificação da vida por meio do excesso de trabalho, a automatização da vida quotidiana, a degeneração ética que se instaurou no eixo político, financeiro, jurídico e religioso da sociedade.

Promoção / Madeira: Grupo Dançando com a Diferença

Realização: @Laboratório de Práticas Performativas da Universidade de São Paulo (USP)
Concepção: Marcelo Denny e Marcos Bulhoes
Direção e coordenação da oficina de intervenção urbana: Marcelo Denny, Marcos Bulhões e Priscilla Toscano
Curadoria / Madeira: Henrique Amoedo
Direção de Produção: Priscilla Toscano; Henrique Amoedo (Funchal)
Produção executiva: Douglas Adami, Rui Castro, Sofia Aveiro e Joanna Ako(Funchal)
Fotografias: Marcelo Denny; Júlio Silva Castro - Fotografia, Vídeo e Publicidade, Rui Marote, Bárbara Mendes (Funchal)
Vídeo: Marcelo Denny; Wamae
Apoios: Câmara Municipal do Funchal, Frente Mar Funchal, Porto Bay Hotels & Resorts, Wamãe e Júlio Silva Castro - Fotografia, Vídeo e Publicidade
Realização: @Laboratório de Práticas Performativas da Universidade de São Paulo (USP)
Concepção: Marcelo Denny e Marcos Bulhoes
Direção e coordenação da oficina de intervenção urbana: Marcelo Denny, Marcos Bulhões e Priscilla Toscano
Curadoria / Madeira: Henrique Amoedo
Direção de Produção: Priscilla Toscano; Henrique Amoedo (Funchal)
Produção executiva: Douglas Adami, Rui Castro, Sofia Aveiro e Joanna Ako(Funchal)
Fotografias: Marcelo Denny; Júlio Silva Castro - Fotografia, Vídeo e Publicidade, Rui Marote, Bárbara Mendes (Funchal)
Vídeo: Marcelo Denny; Wamae
Apoios: Câmara Municipal do Funchal, Frente Mar Funchal, Porto Bay Hotels & Resorts, Wamãe e Júlio Silva Castro - Fotografia, Vídeo e Publicidade
A ação performativa pretende provocar uma forma distinta de perceber e vivenciar os dispositivos sociais quotidianos, de pensar a relação entre arte e mercado e de visualizar o sujeito contemporâneo na era globalizada. 
CEGOS visa intervir poeticamente na cidade e provocar um momento de reflexão dando margem a diferentes leituras: o aprisionamento e a petrificação da vida por meio do excesso de trabalho, a automatização da vida quotidiana, a degeneração ética que se instaurou no eixo político, financeiro, jurídico e religioso da sociedade.
Promoção / Madeira: Grupo Dançando com a Diferença
Realização: @Laboratório de Práticas Performativas da Universidade de São Paulo (USP)
Concepção: Marcelo Denny e Marcos Bulhoes
Direção e coordenação da oficina de intervenção urbana: Marcelo Denny, Marcos Bulhões e Priscilla Toscano
Curadoria / Madeira: Henrique Amoedo
Direção de Produção: Priscilla Toscano; Henrique Amoedo (Funchal)
Produção executiva: Douglas Adami, Rui Castro, Sofia Aveiro e Joanna Ako(Funchal)
Fotografias: Marcelo Denny; Júlio Silva Castro - Fotografia, Vídeo e Publicidade, Rui Marote, Bárbara Mendes (Funchal)
Vídeo: Marcelo Denny; Wamae
Apoios: Câmara Municipal do Funchal, Frente Mar Funchal, Porto Bay Hotels & Resorts, Wamãe e Júlio Silva Castro - Fotografia, Vídeo e Publicidade

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mandela: 1918-2013

Começa a nota informativa da página em linha do jornal "Público", sobre o falecimento de Nelson Mandela, com uma frase emblemática  e que reflete muito bem o percurso de um homem que fará falta: Mandela foi um homem de gestos.
Não cabe aqui o historial de vida deste homem que, em muitos momentos da sua vida, foi maior do que ele próprio e que esteve à altura das circunstâncias nos momentos em que foi chamado a ter uma palavra sobre o futuro do seu pais, moldando, inexoravelmente, o mundo. Sim, ainda há homens assim - cada vez menos, é verdade. O mundo está a perder as suas figuras de referência quando estamos, cada vez mais, a precisar de faróis e de coragem para dar saltos em frente, sem esquecer que, como o próprio disse, “O que conta na vida não é o facto de termos vivido. É a diferença que fizemos para a vida dos outros”.
Em baixo, na versão original e traduzido em português, o poema que, segundo se conta, inspirou este homem nos anos negros de prisão e cativeiro.

I am the master of my fate: I am the captain of my soul.
Out of the night that covers me,

Black as the Pit from pole to pole,

I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.


Beyond this place of wrath and tears

Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.



It matters not how strait the gate,

                                    How charged with punishments the scroll,                                 


I am the master of my fate:

I am the captain of my soul.

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.


sábado, 23 de novembro de 2013

E foram três pancadas bem dadas

Terminaram, ontem, as representações de "Teatro às Três Pancadas", de António Torrado, que a Companhia Contigo Teatro levou à cena no Teatro Municipal Baltazar Dias entre os dias 19 e 22 de novembro.
Foram meses de preparação, com surpresas, angústias, muito stress, mas com sorrisos e descobertas de um grupo que aprendeu a se respeitar e que trabalhou todo no mesmo sentido. O resultado está à vista com as plateias cheias que sempre tivemos ao longo destes dias. Ficam algumas recordações. Foi um privilégio. Até à próxima, com três ou mais pancadas.

















sábado, 5 de outubro de 2013

Dia Mundial do Professor


Para além da implantação da República, cuja comemoração já muitos ignoram (independentemente de ser ou não feriado nacional),  e em jeito de homenagem que não necessitaria de relembrança em circunstâncias normais e num país onde a função do professor / educador fosse valorizada como merece, cá vai um texto que encontrei na internet, de um anónimo, para homenagear o papel de uma classe com uma importância decisiva no nosso país: a dos professores.

Ser Professor...

Ser professor é ser artista,
malabarista,
pintor, escultor,
doutor,
musicólogo,
psicólogo...
É ser mãe, pai, irmã, avó.
É ser palhaço, bagaço...
É ser ciência e paciência...
É ser informação.
É ser ação, ser bússola, é ser farol.
É ser luz, é ser sol.
Incompreendido? ...Muito.
Defendido? Nunca.
O seu filho passou?...Claro, é um gênio.
Não passou? O professor não ensinou.
Ser professor é um vício ou vocação? É outra coisa...
É ter nas mãos o mundo de amanhã.
Amanhã. Os alunos vão-se...
E ele, o mestre, de mãos vazias, fica com o coração partido.
Recebe novas turmas, novos olhinhos ávidos de cultura.
E ele, o professor, vai despejando com toda a ternura, o saber, a orientação. Nas cabecinhas novas que amanhã
reluzirão no firmamento da pátria.
Fica a saudade... A amizade.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Início do ano letivo


Por estes dias, começam as aulas nas escolas da RAM.
Depois da saga da colocação de professores, é hora de pôr mãos à obra e começar a trabalhar. Desejo a todos um excelente ano letivo e muito sucesso para professores e alunos. 


"Escola é...

o lugar onde se faz amigos,
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém,
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver,  é se ‘amarrar nela’!

  Ora, é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz."

Paulo Freire

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

desigualdade e pobreza


Segundo um relatório da Oxfam, organização não governamental, a Europa deveria repensar os perigos da austeridade e cita Portugal como exemplo de um país onde os cortes estão a travar o crescimento e a trazer mais pobreza. Segundo este relatório, o nosso país é um dos casos em que as políticas seguidas estão a beneficiar apenas os mais ricos e a colocar o país em risco de se tornar um dos mais desiguais do mundo, situação que parece que apenas o nosso governo PSD/CDS não quer ver (o que seria de esperar, ou já não tivéssemos assistido a dois anos de disparate!). 
Os números são claros: nos últimos anos, o aumento dos rendimentos dos mais ricos aumentou em média 10%, a mesma proporção da diminuição dos rendimentos das camadas mais pobres.
Segundo esta organização, serão necessários 25 anos para que os países em crise recuperem o mesmo nível de vida que tinham antes da crise económica e financeira (e alguns esfregam as mãos de contentes usando a falácia habitual dos coitadinhos que quiseram viver à rica e merecem ser castigados). Ora este caminho só poderá ser invertido com medidas bem estruturadas de combate à pobreza.
Se é indispensável reduzir o nível de endividamento e estabilizar as contas públicas, a verdade é que as medidas cegas que têm sido tomadas têm agravado as situações de pobreza, desigualdade e fome no nosso país, situação que agrava outras com efeito de bola de neve: pobreza e desigualdade, associadas ao desemprego, levam à necessidade de aumentar prestações sociais, o que agravará o défice das contas públicas; pessoas desempregadas e com fome não investem em educação e cultura, pelo que o atraso agravar-se-á nestes domínios em relação aos nossos parceiros europeus; pais e mães sem nada para dar de comer aos filhos cometem atos desmedidos e a segurança e o bem estar das sociedades deixa de ser uma constante e aumentam problemas relacionados com criminalidade; a pobreza leva a um desinvestimento também na saúde, o que fará aumentar consideravelmente maleitas e doenças que irão encher os hospitais e agravar gastos com a saúde (e nós sabemos a situação dos hospitais!). Enfim, um rol de problemas que urge combater.
Ainda em relação a Portugal, esta ONG salienta que a crise está a afetar em grande medida os jovens e a dificultar a situação de camadas mais vulneráveis, para além de chamar a atenção para o facto de a pressão internacional estar a conduzir o país para uma série de privatizações mal calculadas e sem garantias. Novamente só o nosso governo não percebe.
Mais informações sobre este relatório em:



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Concurso de professores e listas de afetação às escolas 2013

FINALMENTE!
Saíram as listas de afetação aos quadros de zona pedagógica do concurso de professores da RAM 2013, em absoluto tempo recorde: a uma semana do início das aulas! Não sei bem as razões deste atraso absurdo e agora também já não importa. 
O link abaixo remete para a página onde as listas poderão ser consultadas:

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mais um bombeiro morto


É um dia triste para Portugal. Como muitos outros nestes últimos anos. Mas desta vez não falamos dos problemas estruturais que nos afligem e que levam a mais problemas económicos e financeiros, ao aumento do desemprego e às dificuldades infindáveis (e para muitos inimagináveis) de muitas famílias.
Falo da morte de mais um bombeiro, de mais um jovem que perdeu a vida. E não me venham com aquelas tretas pseudo religiosas de que era a hora dele e de que foi o destino. Não. Este jovem não tinha de morrer, nem os outros seis bombeiros que só neste ano perderam a vida no nosso país, valor que ultrapassa (e muito) a média anual de três mortes por ano desde 1980.
Não se compreende como é que, sabendo que os nossos verões obedecem a padrões climáticos específicos, identificadas as áreas mais perigosas, reconhecido o trabalho de prevenção a ser feito, como é que um país arde desta maneira todos os anos?
Outros países, supostamente mais desenvolvidos do que o nosso, também são afetados por fogos de enormes dimensões, como os EUA. Mas não podemos comparar situações, a começar pela dimensão dos países e às caraterísticas climáticas de cada um.
E mesmo que se saiba que, ano após ano, haja gente criminosa e doente a incendiar fogos propositadamente, ainda está tudo por fazer. 
Independentemente do governo em funções e do partido político que governa, as mãos continuam cruzadas... E algumas bocas também, pois pelos vistos foi preciso haver polémica para o Presidente de República vir a público lamentar estas trágicas mortes. Curioso que, na mesma altura, tenha morrido um banqueiro e economista, cuja trabalho de vida, ao contrário do que muito se disse, não beneficiou assim tanto o país e tinha inclusivamente uma visão muito pouco humana e humanística, e o Presidente da República veio logo às televisões lamentar. Mas os bombeiros morreram queimados e não mereceram a mesma consideração. tristes tempos.
Claro que não deve haver aproveitamento público e político destas trágicas circunstâncias, mas o debate e o trabalho continuam por fazer.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Listas provisórias do consurso interno de professores da RAM 2013


Ainda que nos preocupe a perspetiva dos professores que ficarão no desemprego e em situação pessoal e familiar preocupante, saíram, com um atraso exasperante, as listas provisórias para o concurso interno de professores na RAM 2013.
A duas semanas no início oficial das aulas, ainda continua a indecisão e a falta de informação em relação às escolas onde muitos professores irão trabalhar, sem esquecer que, após esta fase, os docentes ainda terem de se apresentar, conhecer escolas novas,verificar que níveis e turmas irão lecionar, pesquisar materiais e preparar aulas quase em cima do joelho. tristes tempos!
Fica em baixo o link para verificação das listas provisórias:

domingo, 1 de setembro de 2013

Setembro


Depois de umas semanas sem "pôr cá os pés", que é como quem diz sem vir dar sinal de vida a este meu espaço de reflexão e coisas afins, eis que chega setembro.
Parece que ainda ontem entrava nuns merecidos (e que merecidos!) dias de descanso, e pronto, foi-se. Nem consegui ficar bem com o sabor a sal e a sol, nem o bronze este ano ficou como costuma ficar... Vão deixar saudades as tardes longas e quentes, os passeios pela promenade e pelo Funchal para apanhar um fresco da noite, os gelados para arrefecer as temperaturas, os serões a ver filmes e a adormecer no sofá sem preocupação com o despertador no dia seguinte, o pôr do sol cor de fogo com que somos normalmente presenteados na nossa cidade (e na nossa ilha, considerada como a melhor ilha europeia para turismo - e para viver??). Saudades dos tempos em que as férias tinham três meses e ansiávamos pela compra do material escolar fresquinho e novinho e pelos manuais escolares prontos a "violar".
Ficam algumas nódoas devido aos incêndios que este ano voltaram a mostrar as fragilidades das nossas serras. Ficam também (pelo menos até 29 de setembro) os apelos aos votos em eleições onde as cores parecem desbotadas e as ideias repetidas e confrangedoras (à exceção de alguns e bons amigos que levam "a coisa" a sério e têm feito um trabalho incansável, independentemente das cores partidárias - eles sabem quem são!). 
Agora olhar outra vez para setembro, o início de mais um ano de aventuras e de desafios. Um ano com apelo à criação, às sinergias, ao trabalho e à criatividade.
Olhamos para o futuro e não parece muito risonho. Continuamos a viver uma crise como poucos se lembram, continuamos a ser governados por gente irresponsável, continuamos a presenciar todos os dias empresas a fechar e mais pessoas desempregadas, jovens a passar fome, idosos abandonados nos hospitais e nos lares, pessoas cheias de vida e história a atirarem-se de pontes abaixo. Tristes tempos. 
Mas setembro é, apesar da chegada do outono, luminoso. É uma estação que termina e outra que diz olá, com as vindimas a espreitar e as primeiras chuvas a deixarem no ar o aroma da terra molhada. Deixemos de lado as lamúrias e as tristezas e façamos. Façamos mais e melhor para que cheguemos ao próximo verão e digamos: aqui estão uns merecidos (e que merecidos!) dias de descanso.
Bem-vindo, setembro!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Concurso de professores da RAM 2013

Aos senhores professores interessados (e mesmo aos não interessados), há novas informações relativamente ao concurso de professores da RAM para 2013, que decorrerá tem datas distintas para quem concorre interna e externamente.
Os ofícios circulares com a informação necessária estão em http://www.madeira-edu.pt/drae/tabid/2439/Default.aspx.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Raízes do Atlântico 2013


É já a partir de hoje que decorre o festival Raízes do Atlântico 2013. Nos dias 18, 19 e 20 de julho, a partir das 21h 30, no Jardim Municipal do Funchal, grupos como Gaitúlia, Melech Mechaya, Tocart Ensemble,  Chorus Opus Trio, Metáfora e Atma irão contribuir para alguns serões mais musicais. Vale a pena.

Invictus


De William Ernest Henley, escrito em 1875, este foi, segundo se conta, o poema que inspirou Nelson Mandela nos tempos da prisão.

Invictus (versão traduzida)

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma. 



Invictus (versão original, em inglês)

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishment the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul. 




Madiba


Nelson Mandela faz 95 anos hoje. Quase um século de batalhas e de lutas que mudaram o mundo.
Não tendo a pretensão de esgotar, num post com estas dimensões, as considerações sobre esta figura que já pertence à Humanidade (há homens maiores que eles próprios e que as suas circunstâncias!), a verdade é que não é alguém que nos pode ser indiferente. De uma maneira ou de outra, todos somos herdeiros de alguns dos seus ideais.
Precisamos de mais exemplos destes, precisamos de voltar aos ideais e aos sonhos, que deviam sempre comandar a vida.
Algumas notas da Infopédia sobre Nelson Mandela.

Político sul-africano, Nelson Mandela nasceu a 18 de julho de 1918, em Umtata, África do Sul. Formou-se em Direito e desde cedo deu início à sua atividade política. Com a implantação do regime de apartheid no país, no final da década de 40, assumiu frontalmente a sua oposição à segregação e aos preconceitos raciais. Em 1960, o Congresso Nacional Africano (ANC) foi banido, depois do Massacre de Sharpeville, no qual 67 negros que participavam numa manifestação foram mortos pela polícia. A direção do ANC formou o grupo de guerrilha Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação) e em 1962 Mandela foi preso e condenado a cinco anos de prisão. Acusado de sabotagem, viu a sua sentença ser ampliada para prisão perpétua. Sob constrangimento internacional, o regime sul-africano procurou negociar uma redução da pena de Mandela. Foi libertado apenas em 1990 pelo presidente Frederik de Klerk.

Mandela tornou-se então líder do Congresso Nacional Africano (ANC), do qual já de há muito se tornara a principal referência. A sua experiência de luta contra o apartheid, a sua postura de moderado no período de transição para uma ordem democrática não segregatícia, o claro objetivo de operar a reconciliação nacional que norteou as suas relações com o presidente de Klerk, valeram-lhe um inesgotável prestígio no país e no estrangeiro. Mandela é provavelmente o político com maior autoridade moral no continente africano, o que lhe tem permitido desempenhar o papel de apaziguador de tensões e conflitos.
Em 1993 recebeu, com de Klerk, o Prémio Nobel da Paz, pelos esforços desenvolvidos no sentido de estabelecer a democracia, acabando com o regime de segregação racial. Em maio de 1994 tornou-se ele próprio presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeiras eleições multirraciais do país. Cercou-se, para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de outras linhas políticas.

Mandela abandonou o cargo de Presidente da África do Sul em 1999, tendo sido substituído por Thabo Mbeki e editou a sua biografia intitulada Long Walk to Freedom (1994, Longo Caminho para a Liberdade).

Nelson Mandela. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-07-18].