terça-feira, 23 de julho de 2013

Concurso de professores da RAM 2013

Aos senhores professores interessados (e mesmo aos não interessados), há novas informações relativamente ao concurso de professores da RAM para 2013, que decorrerá tem datas distintas para quem concorre interna e externamente.
Os ofícios circulares com a informação necessária estão em http://www.madeira-edu.pt/drae/tabid/2439/Default.aspx.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Raízes do Atlântico 2013


É já a partir de hoje que decorre o festival Raízes do Atlântico 2013. Nos dias 18, 19 e 20 de julho, a partir das 21h 30, no Jardim Municipal do Funchal, grupos como Gaitúlia, Melech Mechaya, Tocart Ensemble,  Chorus Opus Trio, Metáfora e Atma irão contribuir para alguns serões mais musicais. Vale a pena.

Invictus


De William Ernest Henley, escrito em 1875, este foi, segundo se conta, o poema que inspirou Nelson Mandela nos tempos da prisão.

Invictus (versão traduzida)

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma. 



Invictus (versão original, em inglês)

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishment the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul. 




Madiba


Nelson Mandela faz 95 anos hoje. Quase um século de batalhas e de lutas que mudaram o mundo.
Não tendo a pretensão de esgotar, num post com estas dimensões, as considerações sobre esta figura que já pertence à Humanidade (há homens maiores que eles próprios e que as suas circunstâncias!), a verdade é que não é alguém que nos pode ser indiferente. De uma maneira ou de outra, todos somos herdeiros de alguns dos seus ideais.
Precisamos de mais exemplos destes, precisamos de voltar aos ideais e aos sonhos, que deviam sempre comandar a vida.
Algumas notas da Infopédia sobre Nelson Mandela.

Político sul-africano, Nelson Mandela nasceu a 18 de julho de 1918, em Umtata, África do Sul. Formou-se em Direito e desde cedo deu início à sua atividade política. Com a implantação do regime de apartheid no país, no final da década de 40, assumiu frontalmente a sua oposição à segregação e aos preconceitos raciais. Em 1960, o Congresso Nacional Africano (ANC) foi banido, depois do Massacre de Sharpeville, no qual 67 negros que participavam numa manifestação foram mortos pela polícia. A direção do ANC formou o grupo de guerrilha Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação) e em 1962 Mandela foi preso e condenado a cinco anos de prisão. Acusado de sabotagem, viu a sua sentença ser ampliada para prisão perpétua. Sob constrangimento internacional, o regime sul-africano procurou negociar uma redução da pena de Mandela. Foi libertado apenas em 1990 pelo presidente Frederik de Klerk.

Mandela tornou-se então líder do Congresso Nacional Africano (ANC), do qual já de há muito se tornara a principal referência. A sua experiência de luta contra o apartheid, a sua postura de moderado no período de transição para uma ordem democrática não segregatícia, o claro objetivo de operar a reconciliação nacional que norteou as suas relações com o presidente de Klerk, valeram-lhe um inesgotável prestígio no país e no estrangeiro. Mandela é provavelmente o político com maior autoridade moral no continente africano, o que lhe tem permitido desempenhar o papel de apaziguador de tensões e conflitos.
Em 1993 recebeu, com de Klerk, o Prémio Nobel da Paz, pelos esforços desenvolvidos no sentido de estabelecer a democracia, acabando com o regime de segregação racial. Em maio de 1994 tornou-se ele próprio presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeiras eleições multirraciais do país. Cercou-se, para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de outras linhas políticas.

Mandela abandonou o cargo de Presidente da África do Sul em 1999, tendo sido substituído por Thabo Mbeki e editou a sua biografia intitulada Long Walk to Freedom (1994, Longo Caminho para a Liberdade).

Nelson Mandela. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-07-18].


sábado, 6 de julho de 2013

Quo vadis, coligação??

Estou triste: Pedro Passos Coelho e Paulo Portas brigaram, desentenderam-se, desavieram-se, amuaram... O casal sensação do País esteve em risco. Mas nada de alarmes: hoje, às 19h 30, fazem uma comunicação ao país, segundo parece, para dizerem que fizeram as pazes (suspiro de alívio...). Segundo consta, Paulo Portas esteve durante muito tempo com ciúmes do ex-ministro, Vítor Gaspar que, num rasgo de sabedoria, tomou a melhor decisão dos últimos dois anos: foi-se embora. Pensando que seria agora que finalmente iria ter a atenção que merece, eis que surge uma nova ministra das Finanças. O caldo entornou: Paulo Portas disse que abandonaria o lar, "irrevogavelmente" (penso que se queixaria de não ser ouvido ou não ter atenção). Depois foi o que se viu: disparates, mais disparates, um pedido de auxílio à sogra (ou seja, ao Presidente da República) que, também segundo se diz, puxou algumas orelhas e tentou impor ordem na casa.
No meio da telenovela (para não dizer circo), os juros da dívida dispararam, mais umas quantas pessoas no desemprego, famílias inteiras sem apoio ou meio de sustento, o país nos olhos do mundo (que, impávido, não compreende o que se passou), os hospitais a cair de podre, as escolas sem material nem capacidade de dinamizar uma formação e educação de qualidade, os professores, os médicos, enfermeiros, advogados, enfim, todos os profissionais que ainda fazem o país andar, aguardam bom senso e boas notícias.
Mas parte do país esteve atento. Paulo Portas é um homem ambicioso (e não o afirmo no bom sentido) e mais perigoso do que se julga. Este homem demagógico e populista, o líder partidário há mais tempo em funções no país, que tem tido responsabilidades ministeriais em vários ramos e que, por incrível pareça, escapa por entre os pingos da chuva que escondem a sua argúcia, o seu mau caráter e o facto de só ter prejudicado o país em prol de um carreirismo político que não olha a meios para atingir os fins, segundo parece vai continuar no governo, com funções reforçadas. Pedro Passos Coelho é um amador ao lado daquele (bem , ao lado da maioria dos políticos do nosso país). 
Continuamos, assim, agora debaixo de 40 graus tórridos, sem um rumo definido e delineado para além do cumprimento cego e irracional de metas financeiras que a realidade tem provado serem impossíveis de cumprir, mais fome, mais miséria, mais desempregados. E enquanto isto acontece, os partidos brincam às reuniões (tremi com os comentários à entrada da reunião do CDS-PP), o Presidente da República finge que existe e o "pântano" persiste. 
Quem tem medo de eleições? Até que até o povo se farte delas e que assuma formas mais violentas de se fazer ouvir...