quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Início do ano letivo


Por estes dias, começam as aulas nas escolas da RAM.
Depois da saga da colocação de professores, é hora de pôr mãos à obra e começar a trabalhar. Desejo a todos um excelente ano letivo e muito sucesso para professores e alunos. 


"Escola é...

o lugar onde se faz amigos,
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém,
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver,  é se ‘amarrar nela’!

  Ora, é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz."

Paulo Freire

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

desigualdade e pobreza


Segundo um relatório da Oxfam, organização não governamental, a Europa deveria repensar os perigos da austeridade e cita Portugal como exemplo de um país onde os cortes estão a travar o crescimento e a trazer mais pobreza. Segundo este relatório, o nosso país é um dos casos em que as políticas seguidas estão a beneficiar apenas os mais ricos e a colocar o país em risco de se tornar um dos mais desiguais do mundo, situação que parece que apenas o nosso governo PSD/CDS não quer ver (o que seria de esperar, ou já não tivéssemos assistido a dois anos de disparate!). 
Os números são claros: nos últimos anos, o aumento dos rendimentos dos mais ricos aumentou em média 10%, a mesma proporção da diminuição dos rendimentos das camadas mais pobres.
Segundo esta organização, serão necessários 25 anos para que os países em crise recuperem o mesmo nível de vida que tinham antes da crise económica e financeira (e alguns esfregam as mãos de contentes usando a falácia habitual dos coitadinhos que quiseram viver à rica e merecem ser castigados). Ora este caminho só poderá ser invertido com medidas bem estruturadas de combate à pobreza.
Se é indispensável reduzir o nível de endividamento e estabilizar as contas públicas, a verdade é que as medidas cegas que têm sido tomadas têm agravado as situações de pobreza, desigualdade e fome no nosso país, situação que agrava outras com efeito de bola de neve: pobreza e desigualdade, associadas ao desemprego, levam à necessidade de aumentar prestações sociais, o que agravará o défice das contas públicas; pessoas desempregadas e com fome não investem em educação e cultura, pelo que o atraso agravar-se-á nestes domínios em relação aos nossos parceiros europeus; pais e mães sem nada para dar de comer aos filhos cometem atos desmedidos e a segurança e o bem estar das sociedades deixa de ser uma constante e aumentam problemas relacionados com criminalidade; a pobreza leva a um desinvestimento também na saúde, o que fará aumentar consideravelmente maleitas e doenças que irão encher os hospitais e agravar gastos com a saúde (e nós sabemos a situação dos hospitais!). Enfim, um rol de problemas que urge combater.
Ainda em relação a Portugal, esta ONG salienta que a crise está a afetar em grande medida os jovens e a dificultar a situação de camadas mais vulneráveis, para além de chamar a atenção para o facto de a pressão internacional estar a conduzir o país para uma série de privatizações mal calculadas e sem garantias. Novamente só o nosso governo não percebe.
Mais informações sobre este relatório em:



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Concurso de professores e listas de afetação às escolas 2013

FINALMENTE!
Saíram as listas de afetação aos quadros de zona pedagógica do concurso de professores da RAM 2013, em absoluto tempo recorde: a uma semana do início das aulas! Não sei bem as razões deste atraso absurdo e agora também já não importa. 
O link abaixo remete para a página onde as listas poderão ser consultadas:

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mais um bombeiro morto


É um dia triste para Portugal. Como muitos outros nestes últimos anos. Mas desta vez não falamos dos problemas estruturais que nos afligem e que levam a mais problemas económicos e financeiros, ao aumento do desemprego e às dificuldades infindáveis (e para muitos inimagináveis) de muitas famílias.
Falo da morte de mais um bombeiro, de mais um jovem que perdeu a vida. E não me venham com aquelas tretas pseudo religiosas de que era a hora dele e de que foi o destino. Não. Este jovem não tinha de morrer, nem os outros seis bombeiros que só neste ano perderam a vida no nosso país, valor que ultrapassa (e muito) a média anual de três mortes por ano desde 1980.
Não se compreende como é que, sabendo que os nossos verões obedecem a padrões climáticos específicos, identificadas as áreas mais perigosas, reconhecido o trabalho de prevenção a ser feito, como é que um país arde desta maneira todos os anos?
Outros países, supostamente mais desenvolvidos do que o nosso, também são afetados por fogos de enormes dimensões, como os EUA. Mas não podemos comparar situações, a começar pela dimensão dos países e às caraterísticas climáticas de cada um.
E mesmo que se saiba que, ano após ano, haja gente criminosa e doente a incendiar fogos propositadamente, ainda está tudo por fazer. 
Independentemente do governo em funções e do partido político que governa, as mãos continuam cruzadas... E algumas bocas também, pois pelos vistos foi preciso haver polémica para o Presidente de República vir a público lamentar estas trágicas mortes. Curioso que, na mesma altura, tenha morrido um banqueiro e economista, cuja trabalho de vida, ao contrário do que muito se disse, não beneficiou assim tanto o país e tinha inclusivamente uma visão muito pouco humana e humanística, e o Presidente da República veio logo às televisões lamentar. Mas os bombeiros morreram queimados e não mereceram a mesma consideração. tristes tempos.
Claro que não deve haver aproveitamento público e político destas trágicas circunstâncias, mas o debate e o trabalho continuam por fazer.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Listas provisórias do consurso interno de professores da RAM 2013


Ainda que nos preocupe a perspetiva dos professores que ficarão no desemprego e em situação pessoal e familiar preocupante, saíram, com um atraso exasperante, as listas provisórias para o concurso interno de professores na RAM 2013.
A duas semanas no início oficial das aulas, ainda continua a indecisão e a falta de informação em relação às escolas onde muitos professores irão trabalhar, sem esquecer que, após esta fase, os docentes ainda terem de se apresentar, conhecer escolas novas,verificar que níveis e turmas irão lecionar, pesquisar materiais e preparar aulas quase em cima do joelho. tristes tempos!
Fica em baixo o link para verificação das listas provisórias:

domingo, 1 de setembro de 2013

Setembro


Depois de umas semanas sem "pôr cá os pés", que é como quem diz sem vir dar sinal de vida a este meu espaço de reflexão e coisas afins, eis que chega setembro.
Parece que ainda ontem entrava nuns merecidos (e que merecidos!) dias de descanso, e pronto, foi-se. Nem consegui ficar bem com o sabor a sal e a sol, nem o bronze este ano ficou como costuma ficar... Vão deixar saudades as tardes longas e quentes, os passeios pela promenade e pelo Funchal para apanhar um fresco da noite, os gelados para arrefecer as temperaturas, os serões a ver filmes e a adormecer no sofá sem preocupação com o despertador no dia seguinte, o pôr do sol cor de fogo com que somos normalmente presenteados na nossa cidade (e na nossa ilha, considerada como a melhor ilha europeia para turismo - e para viver??). Saudades dos tempos em que as férias tinham três meses e ansiávamos pela compra do material escolar fresquinho e novinho e pelos manuais escolares prontos a "violar".
Ficam algumas nódoas devido aos incêndios que este ano voltaram a mostrar as fragilidades das nossas serras. Ficam também (pelo menos até 29 de setembro) os apelos aos votos em eleições onde as cores parecem desbotadas e as ideias repetidas e confrangedoras (à exceção de alguns e bons amigos que levam "a coisa" a sério e têm feito um trabalho incansável, independentemente das cores partidárias - eles sabem quem são!). 
Agora olhar outra vez para setembro, o início de mais um ano de aventuras e de desafios. Um ano com apelo à criação, às sinergias, ao trabalho e à criatividade.
Olhamos para o futuro e não parece muito risonho. Continuamos a viver uma crise como poucos se lembram, continuamos a ser governados por gente irresponsável, continuamos a presenciar todos os dias empresas a fechar e mais pessoas desempregadas, jovens a passar fome, idosos abandonados nos hospitais e nos lares, pessoas cheias de vida e história a atirarem-se de pontes abaixo. Tristes tempos. 
Mas setembro é, apesar da chegada do outono, luminoso. É uma estação que termina e outra que diz olá, com as vindimas a espreitar e as primeiras chuvas a deixarem no ar o aroma da terra molhada. Deixemos de lado as lamúrias e as tristezas e façamos. Façamos mais e melhor para que cheguemos ao próximo verão e digamos: aqui estão uns merecidos (e que merecidos!) dias de descanso.
Bem-vindo, setembro!