quinta-feira, 12 de setembro de 2013

desigualdade e pobreza


Segundo um relatório da Oxfam, organização não governamental, a Europa deveria repensar os perigos da austeridade e cita Portugal como exemplo de um país onde os cortes estão a travar o crescimento e a trazer mais pobreza. Segundo este relatório, o nosso país é um dos casos em que as políticas seguidas estão a beneficiar apenas os mais ricos e a colocar o país em risco de se tornar um dos mais desiguais do mundo, situação que parece que apenas o nosso governo PSD/CDS não quer ver (o que seria de esperar, ou já não tivéssemos assistido a dois anos de disparate!). 
Os números são claros: nos últimos anos, o aumento dos rendimentos dos mais ricos aumentou em média 10%, a mesma proporção da diminuição dos rendimentos das camadas mais pobres.
Segundo esta organização, serão necessários 25 anos para que os países em crise recuperem o mesmo nível de vida que tinham antes da crise económica e financeira (e alguns esfregam as mãos de contentes usando a falácia habitual dos coitadinhos que quiseram viver à rica e merecem ser castigados). Ora este caminho só poderá ser invertido com medidas bem estruturadas de combate à pobreza.
Se é indispensável reduzir o nível de endividamento e estabilizar as contas públicas, a verdade é que as medidas cegas que têm sido tomadas têm agravado as situações de pobreza, desigualdade e fome no nosso país, situação que agrava outras com efeito de bola de neve: pobreza e desigualdade, associadas ao desemprego, levam à necessidade de aumentar prestações sociais, o que agravará o défice das contas públicas; pessoas desempregadas e com fome não investem em educação e cultura, pelo que o atraso agravar-se-á nestes domínios em relação aos nossos parceiros europeus; pais e mães sem nada para dar de comer aos filhos cometem atos desmedidos e a segurança e o bem estar das sociedades deixa de ser uma constante e aumentam problemas relacionados com criminalidade; a pobreza leva a um desinvestimento também na saúde, o que fará aumentar consideravelmente maleitas e doenças que irão encher os hospitais e agravar gastos com a saúde (e nós sabemos a situação dos hospitais!). Enfim, um rol de problemas que urge combater.
Ainda em relação a Portugal, esta ONG salienta que a crise está a afetar em grande medida os jovens e a dificultar a situação de camadas mais vulneráveis, para além de chamar a atenção para o facto de a pressão internacional estar a conduzir o país para uma série de privatizações mal calculadas e sem garantias. Novamente só o nosso governo não percebe.
Mais informações sobre este relatório em:



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