sábado, 6 de julho de 2013

Quo vadis, coligação??

Estou triste: Pedro Passos Coelho e Paulo Portas brigaram, desentenderam-se, desavieram-se, amuaram... O casal sensação do País esteve em risco. Mas nada de alarmes: hoje, às 19h 30, fazem uma comunicação ao país, segundo parece, para dizerem que fizeram as pazes (suspiro de alívio...). Segundo consta, Paulo Portas esteve durante muito tempo com ciúmes do ex-ministro, Vítor Gaspar que, num rasgo de sabedoria, tomou a melhor decisão dos últimos dois anos: foi-se embora. Pensando que seria agora que finalmente iria ter a atenção que merece, eis que surge uma nova ministra das Finanças. O caldo entornou: Paulo Portas disse que abandonaria o lar, "irrevogavelmente" (penso que se queixaria de não ser ouvido ou não ter atenção). Depois foi o que se viu: disparates, mais disparates, um pedido de auxílio à sogra (ou seja, ao Presidente da República) que, também segundo se diz, puxou algumas orelhas e tentou impor ordem na casa.
No meio da telenovela (para não dizer circo), os juros da dívida dispararam, mais umas quantas pessoas no desemprego, famílias inteiras sem apoio ou meio de sustento, o país nos olhos do mundo (que, impávido, não compreende o que se passou), os hospitais a cair de podre, as escolas sem material nem capacidade de dinamizar uma formação e educação de qualidade, os professores, os médicos, enfermeiros, advogados, enfim, todos os profissionais que ainda fazem o país andar, aguardam bom senso e boas notícias.
Mas parte do país esteve atento. Paulo Portas é um homem ambicioso (e não o afirmo no bom sentido) e mais perigoso do que se julga. Este homem demagógico e populista, o líder partidário há mais tempo em funções no país, que tem tido responsabilidades ministeriais em vários ramos e que, por incrível pareça, escapa por entre os pingos da chuva que escondem a sua argúcia, o seu mau caráter e o facto de só ter prejudicado o país em prol de um carreirismo político que não olha a meios para atingir os fins, segundo parece vai continuar no governo, com funções reforçadas. Pedro Passos Coelho é um amador ao lado daquele (bem , ao lado da maioria dos políticos do nosso país). 
Continuamos, assim, agora debaixo de 40 graus tórridos, sem um rumo definido e delineado para além do cumprimento cego e irracional de metas financeiras que a realidade tem provado serem impossíveis de cumprir, mais fome, mais miséria, mais desempregados. E enquanto isto acontece, os partidos brincam às reuniões (tremi com os comentários à entrada da reunião do CDS-PP), o Presidente da República finge que existe e o "pântano" persiste. 
Quem tem medo de eleições? Até que até o povo se farte delas e que assuma formas mais violentas de se fazer ouvir...

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