quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mandela: 1918-2013

Começa a nota informativa da página em linha do jornal "Público", sobre o falecimento de Nelson Mandela, com uma frase emblemática  e que reflete muito bem o percurso de um homem que fará falta: Mandela foi um homem de gestos.
Não cabe aqui o historial de vida deste homem que, em muitos momentos da sua vida, foi maior do que ele próprio e que esteve à altura das circunstâncias nos momentos em que foi chamado a ter uma palavra sobre o futuro do seu pais, moldando, inexoravelmente, o mundo. Sim, ainda há homens assim - cada vez menos, é verdade. O mundo está a perder as suas figuras de referência quando estamos, cada vez mais, a precisar de faróis e de coragem para dar saltos em frente, sem esquecer que, como o próprio disse, “O que conta na vida não é o facto de termos vivido. É a diferença que fizemos para a vida dos outros”.
Em baixo, na versão original e traduzido em português, o poema que, segundo se conta, inspirou este homem nos anos negros de prisão e cativeiro.

I am the master of my fate: I am the captain of my soul.
Out of the night that covers me,

Black as the Pit from pole to pole,

I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.


Beyond this place of wrath and tears

Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.



It matters not how strait the gate,

                                    How charged with punishments the scroll,                                 


I am the master of my fate:

I am the captain of my soul.

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.


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