domingo, 24 de junho de 2012

Exposições em Serralves


Um dia no Porto e não podia perder a oportunidade de um saltinho a Serralves. Estão patentes três exposições de grande interesse. A não perder para quem tiver oportunidade de lá passar. Aqui vos deixo algumas informações, algumas das quais retiradas do site do Museu Serralves.

LOCUS SOLUS. IMPRESSÕES DE RAYMOND ROUSSEL

O Museu de Serralves, em parceria com o Museu Reina Sofia (Madrid), apresenta a primeira grande exposição sobre a figura do poeta, dramaturgo e romancista francês Raymond Roussel (Paris, 1877 – Palermo, 1933). A mostra, intitulada Locus Solus. Impressões de Raymond Roussel, sublinha a enorme influência que Roussel exerceu em criadores contemporâneos, oriundos tanto do campo da literatura quanto das artes visuais.

A exposição é composta de aproximadamente trezentas peças, entre pinturas, fotografias, esculturas, ready mades, instalações e vídeos, para além de livros, documentos, revistas e manuscritos originais – suportes através dos quais se reflectirá sobre a influência de Roussel em alguns movimentos de vanguarda, especialmente no surrealimo. Alguns dos reconhecidos artistas com obras na exposição são, entre outros, Marcel Duchamp, Francis Picabia, Max Ernst, Salvador Dalí, Jean Tinguely, Joseph Cornell, Rodney Graham, Marcel Broodthaers, Man Ray, Roberto Matta, Guy de Cointet, Ree Morton, Terry Fox, Cristina Iglesias e Francisco Tropa.    


MATHIEU KLEYEBE ABONNENC - TO WHOM WHO KEEPS A RECORD



Esta é a primeira exposição em Portugal do artista francês Mathieu Kleyebe Abonnenc (Paris, Guiana Francesa, 1977). Particularmente interessado nos movimentos de libertação de ex-colónias portuguesas ― Cabo Verde e Guiné-Bissau, nomeadamente ― e na análise da produção de imagens, entre ilustração para manuais educativos, reportagens fotográficas e filmes de propaganda, que nos anos de 1960−70 traduziam ideias de revolução e de militância, Abonnenc apresenta nesta exposição uma série de trabalhos inéditos ― com destaque para uma média-metragem filmada no Porto, e protagonizada por Bia Gomes, a actriz principal da maioria dos filmes do famoso cineasta guineense Flora Gomes ―, pensados especificamente para as salas do Museu de Serralves. Produzidos durante a sua estadia de três meses nesta cidade, os projectos partem das suas pesquisas em diversos arquivos e museus portugueses (do CIDAC ― Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral, à Fundação Mário Soares, passando pelo Museu Nacional de Etnologia) que lhe permitiram, por exemplo, repensar o alcance da contribuição de Amílcar Cabral para uma África libertada, ou reanalisar o trabalho da cineasta símbolo dos cinemas verdade e cinema militante Sarah Maldoror.  

ARTUR BARRIO ... navegações/divagações ... por entre escolhos e baixios ...



A obra de Artur Barrio (Porto, 1945) surpreende pelo modo como o artista constrói situações efémeras onde a experiência da vida e da arte subverte o lugar de apresentação da obra de arte e a condição do espectador. O regresso de Barrio ao Museu de Serralves constitui também um regresso ao Porto, cidade onde nasceu. Entre Portugal e o Brasil, entre a Europa e a América do Sul, a vida e a obra de Artur Barrio conjugam a errância, a viagem, o oceano e a constante redescoberta de si e dos outros. Artur Barrio “habitará” a sala central do Museu de Serralves, que reinventará com um novo projecto específico e irá transformando ao longo de várias semanas, antes e depois da sua abertura ao público.

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