sábado, 15 de setembro de 2012

Manifestação por um país mais próspero




Não participo numa manifestação de rua há muitos anos. Desde os meus tempos de faculdade, em que os estudantes de Coimbra saíam à rua para exigir melhores condições para os estudantes e possibilidades justas para tirarem uma licenciatura e terminarem os seus estudos com dignidade e com rigor. Como em qualquer país civilizado acontece. Se esses objetivos foram atingidos ou não, se essas manifestações cumpriram os seus propósitos ou não, uma ida às universidades e falar com os estudantes que desistiram dos seus estudos por não terem possibilidades para tal poderá dar umas pistas.
Mas hoje vou. Às 17h, na praceta do Infante, no Funchal. Vou porque não acho que estamos a viver tempos justos e equitativos. Vou porque acho que estão pessoas no meu país a passar fome, estudantes que não conseguem estudar porque não lhes é dada essa possibilidade, porque há pais e mães a roubar em supermercados para apenas dar de comer aos filhos, porque estão a retirar a quem menos tem os meios para terem alguma dignidade no seu dia a dia, porque estão a faltar medicamentos nos hospitais e há cirurgias importantes que não estão a ser realizadas por falta de dinheiro, porque há idosos que morrem em casa abandonados porque o estado social não está a cumprir as suas funções, porque me estão a exigir dinheiro e a aumentar impostos para pagar a credores mal intencionados e que se aproveitam das dificuldades dos estados fragilizados e apanhados com as calças na mão, porque esta geração mais nova que está agora a crescer e a estudar viverá pior do que eu. E isto é uma inversão abjeta do que deve ser o normal devir de uma sociedade: contribuir para que as gerações seguintes vivam melhor que a nossa. E isso não está a acontecer. Por isso vamos à rua, vamos unir vozes e mandar uma mensagem pacífica, mas forte e cheia de significado a quem nos governa (mal) para que alguns rumos seguidos sejam invertidos e para que nos guiem no caminho do crescimento e do progresso.
Ficam aqui as localizações onde se irão realizar estas manifestações no todo nacional (e não só):

Lisboa: Praça José Fontana às 17h
Porto : Avenida dos Aliados às 17h
Portimão: em frente à Câmara Municipal às 16h
Viseu: Rossio às 17h
Aveiro: Em frente à estação de caminhos de ferro às 17h
Guarda: Praça Luís de Camões às 17h
Braga: Avenida Central às 15h
Coimbra: Praça da República às 17h
Loulé: Mercado de Loulé às 17h
Vila Real : junto à Câmara Municipal às 17h
Covilhã: Pelourinho às 17h
Marinha Grande: Parque da Cerca às 17h
Moncorvo: Torre de Moncorvo - Largo da Corredoura às 17h
Leiria : Fonte Luminosa às 15h
Caldas da Rainha: Largo da Câmara (em frente ao tribunal) às 15h
Faro: Largo da Pontinha às 17h
Portalegre: Praça da República às 17h
Castelo Branco: em frente à Câmara Municipal às 17h
Beja: Praça da República às 17h
Figueira da Foz: em frente à Câmara Municipal às 15h
Santarém: em frente ao W Shopping às 17h
Évora: Praça do Giraldo às 17h
Lamego: Monumento ao Soldado Desconhecido "Chico do Pinto"às 17h
Mogadouro: Parque da Vila às 17h
Peniche: Praça Jacob Rodrigues Pereira às 17h
Santa Maria da Feira: em frente à Câmara Municipal às 17h
Setúbal : Praça do Bocage (em frente ao município) às 17h
Sines : Rossio às 17h
Nisa: Praça da República (junto à Biblioteca) às 17h
Ponta Delgada: Portas da Cidade às 16h
Funchal : Praceta do Infante às 17h
Berlim (Alemanha): Zimmerstrasse, número 56
Fortaleza (Brasil): Rua Desembargador Leite Albuquerque, 635 Sala 402
Londres (Inglaterra): Embaixada Portuguesa (11 Belgrave Square London)
Paris (França): Embaixada de Portugal (3 Rue de Noisiel)
Nos EUA e Canadá não haverá uma manifestação presencial, mas cada um é convidado no evento a fazer cartazes de indignação e fotografias e colocar durante o dia de amanhã no Facebook.

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