As mentes brilhantes que nos (des)governam desencantaram agora a teoria de que o ensino secundário tem de ser pago (ou semipago, ou num regime de copagamento, sela lá o que isso for - aposto que nem eles sabem o que querem). Pelo menos foi o que sugeriu ontem o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em entrevista à TVI. Já devíamos estar à espera vindo das pessoas que neste momento governam Portugal.
Já começaram os argumentos do costume e toda a gente vai ter uma opinião formada sobre o assunto, porque sabemos bem que, em Portugal, sobejam especialistas de bancada que sabem mais sobre os assuntos do que quem tem efetiva formação sobre os mesmos.
Os advogados e juristas irão triturar a Constituição, encontrando os maiores argumentos legais para justificar um crime ético e moral contra um dos direitos mais básicos do ser humano. Parece-me óbvio, claro como a água, que esta medida não devia ter fundamentação nenhuma. Serei só eu?
Lançam-se medidas a ver se colam, não se explica, não se debate, não se ouve, não se discute, não se reconhece que o acesso à educação e ao ensino é um dos elementos básicos da vida em sociedade negado durante gerações inteiras a amplas camadas sociais.
Ninguém vai lutar contra isto? Esperemos por novos desenvolvimentos para saber em que moldes essas medidas serão (se efetivamente forem) implementadas.
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