quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fernando Pessoa ainda está na moda


Os grandes autores nunca saem de moda. Não sei bem se este é o termo certo, pois há muitos escritores que foram moda quase febril e acabaram no esquecimento, tal como muitos autores que hoje são vendidos como tremoços e provavelmente amanhã quase ninguém se lembrará deles. Quem ouviu falar de Ernesto Biester, um escritor dramático do nosso Romantismo cujas obras tiveram grande receção e cujas representações teatrais enchiam os teatros de Lisboa, muitas vezes com grande polémica entre atores e atrizes que faziam as delícias do mundo social de então? 
Os grandes autores continuam a ser lidos com entusiasmo e a ser motivo de debate e de revisitação, com leituras e releituras mais ou menos inovadoras.
Fernando Pessoa é um grande autor e suscita admiração, controvérsia, debate, emoção em todo o lado. Num recente leilão, a máquina de escrever, da marca Royal, em que Fernando Pessoa terá escrito foi à praça por 3000 euros e acabou arrematada por 22 mil euros, como se pode ler no "Público". O mesmo aconteceu com a secretária, em mogno, com tampo de esteira, quatro gavetas de cada um dos lados, o interior forrado a pele verde e com diversos compartimentos. A peça foi à praça por 10.000 euros e foi vendida por 58 mil.


Curiosa coincidência quando, dia 25 de maio, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, se discutirá novamente Pessoa na perspetiva do curso de mestrado e doutoramento de Materialidades da Literatura: "Estranhar Pessoa com as materialidades da literatura". Mais informações sobre este evento em http://matlit.wordpress.com/2012/05/15/primeiro-coloquio-do-programa-de-doutoramento-em-materialidades-da-literatura/, ou ainda em http://matlit.wordpress.com/2012/05/19/estranhar-pessoa-com-as-materialidades-da-comunicacao-participantes-e-comunicacoes/.


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